Fábio Castro
Durante o atendimento clínico é relativamente comum o médico ter dúvidas durante o atendimento. São cerca de 3 a 4 dúvidas por período de trabalho (4 horas). A maioria das dúvidas são pequenas e podem ser resolvidas rapidamente. Antes do aparecimento da internet, as dúvidas era resolvidas com consultas aos colegas de trabalho ou livros. Com a internet o acesso pode ser feito com buscas na internet ou com a telemedicina.
A telemedicina pode ajudar na resolução de dúvidas com recursos online e offline. Recursos offline pode ser na forma de mensagem para um fórum ou email para um especialista e esperar a resposta(s). Marcar uma consulta online com um especialista seria outra opção. Recurso online pode ser um chat onde encontraria colegas interessados em resolver dúvidas de outros médicos.
O último recurso pode ser integrado a um Prontuário Eletrônico. Uma ferramenta de chat permitiria que um médico com uma dúvida, que tem que ser resolvida rapidamente, entre em contato com outros profissionais. A integração com o Prontuário Eletrônico seria uma forma de garantir segurança das informações, evitando que qualquer um entre no sistema.
A dúvida poderia ser estruturada com opção de escolher especialidade (cardiologia por exemplo), problema/doença (hipertensão por exemplo), área (tratamento ou diagnóstico por exemplo). A estruturação permitiria encontrar um médico disponível para tratar aquela especialidade ou problema.
Quem ajuda a resolver dúvidas pode ser voluntário ou contratado. Os voluntários poderiam listar o assunto que querem ajudar e a disponibilidade (um problema por horário de trabalho por exemplo). Os contratados poderiam ser os especialistas em Medicina de Família e Comunidade. Seria mais uma forma de trabalho o que seria importante para diversificar as oportunidades de trabalho da especialidade ou permitir trabalho adicional para a especialidade.
O “chat” também ajudaria os médicos que trabalham em locais de difícil acesso a recursos de alta complexidade e especialistas, o que facilitaria a capitação e fixação dos médicos no interior.
Uma limitação é o anonimato. O chat poderia ter meios de “anonimizar” os dois lados evitando questões éticas ou pessoais que causariam barreiras ao uso da ferramenta. Até mesmo os dados dos pacientes deveriam ser anonimizados.
A interface abaixo seria um exemplo de um chat. Na verdade foi editado a partir de um programa de comunicação por voz (teamspeak).
19 de março de 2012 às 11:58 AM |
Veja bem.
Acompanho o seu blog e acho bastante interessante.
Vou dar uma visão de programação e programador neste blog.
As suas sugestões são excelentes, mas tem idéia de quando ficaria implementar estas soluções… Resolvi falar isso agora pois quando você cita o CHAT… haveria necessidade da empresa de prontuário eletronico fazê-lo e torná-lo disponível e viável para os usuários… Ótimo – mas… mas…
Já não existe o SKYPE? o MSN? o ChatFAcebook prontos e muito bons? Se ainda há a idéia de que as mensagens deveriam ser anônimas e a identidade do paciente não poder ser evidenciada, por que não usar estas ÓTIMAS ferramentas que já estão prontas?
Isso reduziria o tempo de fabricação do prontuário eletrônico e ajudaria a equipe a pensar em coisas e funcionalidades mais úteis, não acha ?
Parabéns pelo site.
Marcelo
19 de março de 2012 às 9:43 PM |
Olá Marcelo. A questão está mais relacionada com a certeza que a pessoa que está do outro lado é realmente um médico capacitado a resolver o meu problema. Existem outras como criar estatísticas e documentar os encontros.
O CHAT também não precisa ficar no prontuário eletrônico e sim em um campus virtual.
Fábio Castro